domingo, 6 de março de 2011

Poxa, Brusque...

     O planejamento era ousado, assim tem sido nos últimos anos mas o Brusque ainda não colhe resultados do investimento que fez para 2011. Novos patrocinadores, uma contratação de peso aliada ao retorno de alguns jogadores mesclados com a base do clube deixaram o time na dependência de apenas uma vitória no último jogo da 1ª fase para que a classificação às semifinais do Campeonato Catarinense se tornasse fato. O jogo era fora de casa e a Chapecoense também brigava pela vaga. Ficou com ela. Mas o Bruscão ainda tinha o artilheiro da competição, Têti.

     Por poucos dias...

     O Santa Cruz contratou o destaque do elenco dois dias antes da estreia do time na Copa do Brasil. O Brusque ainda sairia perdendo para o Atlético-GO nos primeiros minutos de jogo no Augusto Bauer. Sofrimento que felizmente durou pouco para a torcida pois William, duas vezes, e Aloísio Chulapa viraram o placar para 3x1 ainda no primeiro tempo. Os goianos conseguiram descontar na segunda etapa e esse gol seria fundamental para a desclassificação dos catarinenses no jogo de volta.

Resumo da participação do Brusque na Copa do Brasil 2011 (Gravação: Dane Souza / Fonte: SporTV - Rede Globo)

     Mesmo jogando com aplicação, o Bruscão não conseguiu segurar o Dragão e sofreu o gol que não podia aos 17 minutos do 2º tempo de jogo no Serra Dourada. Os goianos avançam pelo critério de gols marcados fora de casa e vão enfrentar o Coritiba. O Brusque traz à tona o pesadelo vivido 17 anos atrás quando após empatar fora de casa com o União Bandeirante (do Paraná), perdeu o jogo de volta no Vale e ficou pelo caminho em sua primeira participação no torneio. Aquele ano aliás, não traz saudade nenhuma à nenhum brusquense pois após ser Campeão Catarinense e da Copa SC em 1992, foi rebaixado (junto com o vice, Avaí) na edição em que defendia o título estadual e viu a chance de enfrentar o Grêmio na competição nacional escapar lentamente de suas mãos.

Os primeiros meses do Tricolor em 2011 (Montagem: Dane Souza / Fotos: Site Oficial & Frutilau)

     Além do returno no Catarinense, o Brusque tem também a Série D do Campeonato Brasileiro para disputar no segundo semestre. Oportunidade derradeira para Aloísio Chulapa e seus comparsas escreverem seus nomes definitivamente na história do clube. Ele sempre será lembrado, de qualquer forma. Mas ao contrário de Viola, ficaria marcado por ter simplesmente jogado bola.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tigre na Liberta...

     Em menção ao Campeão do Turno, lembramos que no próximo domingo de Carnaval serão completos 19 anos passados após a épica estreia de um time catarinense na Copa Libertadores da América. O feito foi histórico, o Criciúma de Luiz Felipe Scolari já chamara atenção ao bater o Grêmio na final da Copa do Brasil em 1991. Levir Culpi comandava o Tigre no ano seguinte e o primeiro jogo seria em casa, contra o São Paulo de Telê Santana.


Felipão iniciou a revolução que deixava lotado todos os jogos no Heriberto Hulse. (fotos: Gazeta Press / DaleTigre)

     3x0 para os donos da casa. O semi-massacre no Heriberto Hulse quase demitiu o treinador paulista, que vinha de três derrotas consecutivas e havia perdido de 4x0 para o Palmeiras no final de semana anterior. Telê continuou... e seu time colocaria fim a uma trajetória surpreendente protagonizada pelo time catarinense no cenário internacional. O Criciúma ganhou do San José e empatou com o Bolivar em La Paz. Venceu todos os jogos em casa e perdeu apenas para o São Paulo no Morumbi. Acabou a 1ª fase na liderança do grupo, 4º melhor na classificação geral. Nas oitavas, passou pelo Sporting Cristal vencendo os dois jogos e cairia apenas nas quartas-de-final, quando combateu de igual-pra-igual com seu rival da primeira fase por uma vaga nas semifinais



Alguns jogos do Criciúma na bela campanha da Libertadores '92 (fonte: Rede OM - créditos: Tigrelog.net / FuteboldoTigre.com / leotricolor533)

     O Tigre acabou em 5º na classificação final. Fez história em parâmetros locais mas como se viu no vídeo acima, tinha perfeitas condições de surpreender ainda mais, já que o último campeão brasileiro do torneio sul-americano havia sido o Grêmio, em 1983.

     O Criciuma colhe em campo o fruto do bom planejamento que tem feito fora dos gramados. Antenor Angeloni completa neste mês, 1 ano à frente do clube. Sua primeira atitude quando re-assumiu o Tigre foi quitar todos os salários atrasados. O time voltou à Série B e já está garantido na final do Catarinense e na Copa do Brasil do ano que vem.

     Quem esteve na elite do futebol brasileiro até 2004 volta a requerer o seu espaço. Escrevam que se o bom comando que o clube vem tendo continuar, o Criciúma não demora para voltar ao cenário nacional e deixar seu torcedor ainda mais contente. Sempre com a lembrança de que, embora por alguns meses, foi um dos maiores destaques do continente.